quarta-feira, 30 de julho de 2008

bem, meu bem.

depois de alguns anos vc percebe que as coisas não são exatamente como vc sonhou, mas que elas podem ser muito melhores e que isso depende muito de vc.

por algum bem, desiste-se de várias coisas, acredita-se em outras.

Meu sonho desde pequeno era ser "cientista". Eu tinha uma enorme curiosidade em descobrir como os fenômenos realmente funcionam e eu me sentia realmente saciado quando descobria. Porém sempre tive dificuldades em matemática. Nunca consegui abstrair aqueles conceitos quantitativos, mas, depois de um longo estudo que fiz no primeiro ano com um amigo de papai, passei finalmente a entender aqueles conceitos e a buscar fundamentos para eles. A partir daí eu percorri minha vida matemática sem maiores problemas, contudo percebi que minha aptidão era maior com ciencias naturais e mais precisamente com Biologia.
Foi aí q no terceiro ano (no segundo terceiro ano rs), eu decidi que faria ciencias biologicas.
Naquela época, as coisas tavam dando certo pra mim: eu estudava violão, recebia elogios dos maestros e professores, me empolgava cada vez mais com a música e meu cérebro funcionava perfeitamente. minha atenção e raciocínio aumentavam a cada dia e eu me sentia feliz com isso.

fiz meu vestibular e passei! pronto! estava o início do q seria um projeto de carreira brilhante. eu ia estudar o dia inteiro, ia fazer coisas relacionadas a faculdade, ia olhar no microscópio e ia ser feliz. Porém ia viver sozinho. tinha decidido isso. Minha irresponsabilidade natural e minha egocentrica curiosidade, me forçavam a idéia de viver sozinho sem compromissos familiares e sem perdas de tempo que diminuíssem a saciedade do meu apetite sensitivo.

tava tudo programado. eu ia terminar a faculdade, ganhar pouco, trabalhar pouco e estudar muito! pra sempre! e sozinho.


era isso que meu lado racional projetava e talvez fosse isso q eu realmente deveria ser.


Porém, contraditoriamente, meu lado sensitivo sempre quis se casar e, em seus momentos de devaneio, imaginava um Luc adulto chegando em casa com dois filhinhos pequenos gritando "papai, papai", um jardim de grama verde e macia e uma esposa linda na porta de casa.

eu deveria renunciar a isso se quisesse matar minha infindávell curiosidade de conhecimento. Como não tinha experiências sensatas com garotas, o lado racional parecia estar totalmente bem fundamentado. dava pra chegar a seguinte conclusão num piscar de olhos: "garotas? td iguais... aquela idéia escrota de chegar em casa na grama fresca é só uma ilusão ridícula."
mas como toda criança que na verdade morre de vontade de comer um certo doce, nega com todas as forças para os os outros que não o queria, eu negava para mim mesmo que a coisa que eu mais queria era o que eu menos queria ou o q eu menos deveria querer.

Foi nesse espaço temporal que conheci uma menina e me envolvi com ela. Mesmo estando 3 - 4 anos sem ficar com menina nenhuma, nem toda perseverança é eterna qnd o instinto se ensoberba furiosamente. Minhas notas decaíram, minha atenção diminuiu violentamente (eu só tinha atenção para ela) e eu começava a agir mais pelo lado da sensação do que pelo lado do coração. as vezes em certas investidas, eu pedalava a toda a velocidade em direção a ela e me perguntava o pq de fazer aquilo e sem obter respostas, ordenava-me : pare, pare, par! e eu nao conseguia parar.

é como se minha razão tivesse sido abandonada ao escuro relento e só minha fúria passional comandasse.
eu me sentia ofendido por isso, pois eu que sempre amei a razão e seus frutos de repente me via renegando meus proprios princípios.

em outra parte dentro de mim, crescia uma idéia de me casar , de novo. alguma esperança adormecida pelos anos de negação, ressucitava certas idéias que ao meu ver eram patológicas.
Porém eu insistia furiosamente e para não dar lugar a essas sensações eu cheguei a conclusão de que seria melhor eu ocupar minha mente. e o que melhor para ocupar a minha mente senão matando minha curiosidade?
decidi fazer outro curso além de ciências biológicas. assim eu poderia esquecer uma garota, esquecer uma idéia ridícula de casamento e alicerçar de uma vez por todas a vida acadêmica.

só que, da mesma maneira como a paixão conjugal afundou minhas notas, minha paixão academica afundou minhas notas tb!

eu ja não conseguia pensar em outra coisa senão nas faculdades. e não tinha tempo pra fazer o q devia ser feito. só pra pensar no q devia ser feito.

porém subitamente, eu vejo q existem sim, meninas legais, q eu posso conhecer várias delas e escolher uma pra pisar naquela grama verde e macia comigo.
Não que eu pense em casar com uma determinada ou indeterminada menina. mas é que agora estou aberto à possibilidades, e convenhamos, estar com o leque aberto é mt melhor.
pode ser q eu me case, pode ser que não, todavia vou fazer com q em ambos os casos eu esteja seguro!

e estar seguro nos dois casos é ao mesmo tempo estudar pra cacete saciando minha curiosidade e estar preparado para enfrentar uma família e acreditem ¬¬" foi uma garota que me fez pensar assim. sendo assim eu decidi largar ciencias biologicas (ao menos por um tempo) e fazer o que tem q ser feito: unir o útil ao agradável mantendo o mercado aberto.

à essa menina, agradeço por tds os momentos caridosos que ela dispos a mim. e agradeço por toda mudança que minha vida teve a partir do momento que a conheci. sei q é pouco tempo pra dizer q é uma mudança duradoura. sei q é pouco tempo para desembestar sentimentos precipitados por alguém. Mas sei q o tempo não perdoa e gostaria que antes de me arrepender por não ter feito certas coisas, falar certas coisas q me vem a cabeça.

bjs cara, te adoro!

=]