domingo, 22 de novembro de 2009

Narrativa

Em torno de paredes informes meu vazio se exaspera
Como se preencher-se fosse dos vícios a virtude
Ser preenchido por sua forma, inconvenientemente espera.
A barriga agora relaxada apenas sente o presságio da forma
Deseja-o incessamente, se abre, se fecha, se não abre, não fecha

Pouco à pouco o vazio vai tomando forma, o branco se torna colorido
e tudo aquilo que antes só existia fora de mim, passa a ser eu mesma,
como se odiasse minha própria compleição, a reprimo.

Reprimo, mas desejo, dependo, espero...

Descrever sua forma não sei ao certo, apenas permito
que com fúria exaure minha informe ausência e,
por frágil que sou (admito), me esculpa em sua forma

Ativa. Agora já totalmente passiva, sou apenas esboço de tua obra.
Tomo forma. Preencho-me lascivamente, delicadamente surto
Barriga contraída. Me dou conta de que a forma sou eu, é você.
Recebo o toque final e me desenformo. Vazia que estou, vazia que sou, gozo.


Amigos, quem interpretar essa poesia com seu correto significado, ganha uma poesia minha especialmente dedicada.

abraços

4 comentários:

Ela disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ela disse...

Me dê 5 min. AHUAHAUHAUH

Ela disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ela disse...

Pronto. Escolhi a mais óbvia e crua idéia. ;P
Confere seu e-mail.
Depois te envio as outras 26 teorias.;P