sábado, 6 de setembro de 2008

Poema nº 10

"in death"

Os demônios brincam no meu jardim
e minha carne jaz pútrida no sofá
como mero aglomerado de matéria
inerte, transpassado por lança sem fim
que após percorrer o lastro de vida,f
ixa no sofá o mofo carnal com desespero
até que sua infinitude encontre um porém

Alucinações, complexas danças da morte
ensaiadas em vida, sem real, puro caos
na ensalada duma insana noite interna
olho, mas não vejo, mergulhado em pensamentos
raciocino, mas não penso.
Não tenho intentos, não tenho lanterna.

Não ha realidade paralela, ha um eu
atormentado, atordoado, avoado
anestesiado por uma insanidade corrente
incoerente por viver do futuro o passado
almejando não ser pela lança transpassado

almejando não ser,
almejando ser,
almejando,

simplesmente almejando

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