sábado, 6 de setembro de 2008

Poema nº9 30/08/2007

"A sós"
Triste e pequeno nauf´ragio em meio à tormenta
Infeliz verdade que aprofunda em meu seio um cerne de dor
Mostra-me ao menos uma vez que minh aforça é grande
Me faz ao menos uma vez tentar te entender

Se és de fato um mal que acalenta
Recolhe-te em seu ócio costumeiro, infeliz
Rompe de mim essa placenta, que cega
Amarra e bloqueia os meus movimentos

Porque insistes em me acompanhar todo esse tempo?
Se não me abandonas, somente,
Ensina-me o porque da sua companhia intermitente
Me fala de como se sente ausente.

Maldito, recua teu ego por algum momento
Vai-te e deixa=me à sós de ti isento
Apara tuas garras ou se esconde
Antes que em luta vil e violenta
Onde toda calma e espera assenta
Antes sua ou minha morte te arrependa

Ou antes que a luz te cegue, escuridão
ANtes que o fogo te queime e rompa teu tato
Antes que eu corte sua lingua bifurcada
Volte às trevas de onde reside

VOlte ao seu covil, onde as almas vagam
Pálidas em busca de escoro
Volte ao lugar de sinfonias tremendas
Onde a percussão do ranger dos dentes
tece um contraponto pervertido
Em ritmos de choro e gemido
Sem que o amor se aparente

Volte e não saia nunca mais

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