sábado, 6 de setembro de 2008

Poema n3 19/12/2006

Luiza

Depois de tanta tristeza
Impossível é dizer,
Como vem com destreza,
A alegria a me acolher

angústia foi a espera
que de precipitada
Esconde, não revela
Deixa a chance, inusitada
Recusada e quase mera

Mas se o aguardo foi e mau tempo
De muito agouro foi o regresso
Você e sua presença me deixaram isento
Da dor, com seu amor expresso

Pelo perfume a favor do vento
Que em lágrima me deixou imerso
Chore, como quem chora no mar,
Esperando sozinho o dia raiar,
Recebe a visita d'um anjo
Que terminou com meu penar
Ah, tua imagem, que loucura
Produz em mim a essa altura
Calafrio que nem música com ternura
Chegou a me causar
Mas mesmo com toda essa doçura
Devo certamente argumentar:
Nada é mais bonito que a postura
Que você tem ao raciocinar
Seu carinho, seu sorriso e seu jeito
Valem muito, tanto, que todo material
Não ocupa nem metade do meu peito
P'ra dar lugar lugar ao transcedental
Apesar de tanto preencher meu coração
Para oferecer não possuo nada
Mas te ofereço esse poema, como enorme gratidão
Assim, depois desta singela oferenda
Findo minha estória de paixão

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